Go darkness!



Falar de si mesmo é uma das tarefas mais difíceis de se fazer enquanto pessoas e/ou indivíduos. E como ocorreu de eu haver esquecido de me apresentar aos caros leitores no meu post de estréia (e isso soou um pouco estranho) decidi fazê-lo de uma maneira um pouco diferente. Pois bem, pensei que um meio bem legal e descontraído de se fazer isso seria falar de duas das minhas preferências pessoais, afinal as coisas que gostamos e nos interessamos, em certo grau, automaticamente refletem e revelam um tanto de nossa personalidade, grau de intelecto, imagem pessoal e coisas do tipo. Tais coisas são referencias de como nos mostramos e somos vistos no palco da vida. Considero, por exemplo, minha personalidade mais introspectiva do que extrovertida e tenho preferência por cores escuras. Para mentes sagazes essas duas pistas já seriam o suficiente para criar idéias muito próximas do tipo de pessoa que sou (rótulos a parte, plis!).

Vejamos as duas preferências com base evidentemente na esfera da moda e elas são sobre uma cor e um estilista.

Bem, existe uma diferença cósmica entre gostar único e exclusivamente de preto e ter preferência por essa cor, fico com a segunda opção. Sabemos que o preto é na verdade ausência de cor, dai já começa todo o exotismo dessa "cor" com um bônus de contradição, rsrsrs. De uma cartela de cores ate o entrar em um ambiente trajando um look completamente negro e receber uma "pausa dramática" por parte dos outros convidados, o preto assim me fascina... Ele detém essa capacidade de ser sóbrio e ao mesmo tempo te catapultar para o centro das atenções (quando você está vestido para matar, claro!). Existe algo de atemporal nele também, vocês concordam? E é quase nula a possibilidade de um jovem cosmopolita e descolado não ter em seu armário algumas peças noir.


Não poderia deixar de eleger como estilista preferida a belga Ann Demeulemeester que é a muito competente criadora de miríades de pecas escuras e pretas, lindas como uma noite de outono... As roupas de Demeulemeester são imediatamente reconhecidas pelas suas características de "desconstrução", influencias do visual punk-gotico e um ar avant-garde. Algumas de suas coleções causariam inveja até mesmo ao personagem mais excêntrico do filme Blade Runner ou qualquer do diretor Tim Burton. Maravilhas assim só poderiam emanar da mente criativa de uma designer de moda que mora na Antuérpia, em uma casa projetada por ninguém menos que Le Corbusier...


E assim, este que passa a vos escrever as segundas-feiras conclui este post rendendo toda sua reverencia ao bem vestir e acreditando que a moda realmente tem dessas coisas de causar fortes emoções mesmo aos nem tão "bem nascidos", como eu aqui, mas que se esforçam para afastar a idéia de ser mais um que se veste igual à multidão e assim se camufla nela. Boa semana a todos (já queridos!).


Rodrigo Menezes, 32 anos, aspirante a designer e por hora atua em promotora de consignados. Típico virginiano detalhista, curioso e paulistano neurótico por tudo o que se relaciona com artes gráficas, identidade visual e musicas dos anos oitenta. O soturno e temas que remetem a noite o atrai muito, como: corujas, corvos, vampiros ou um perfil de árvore antiga e ressequida sob um luar ameaçador...Acredita convictamente no conceito de que a moda eh a afirmação da individualidade e que também os garotos só querem se divertir!

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