Dândi em Dublin


A vida em Dublin, a partir da visão de um intercambista que queria mais que aperfeiçoar o Inglês, escrevo para compartilhar as minhas experiências nesse projeto que transformou o ser humaninho que vos escreve por aqui!





O planejamento

O meu caso foi bem específico, pois eu não tive muito tempo para o planejamento de tudo o que envolvia o intercambio. Entre ser demitido do meu antigo emprego, a compra do pacote na agência e meu embarque para uma vida nova, se passaram apenas 2 meses. Por isso eu paguei super caro no bilhete aéreo e tive pouco tempo para acumular os euros.

Eu sempre senti vontade de fazer um intercambio para aperfeiçoar o inglês e um país europeu seria o ideal para mim, pela proximidade com os outros países que possibilitava viajar a preços bacanas. A Inglaterra que poderia ser a opção mais lembrada por quem deseja morar no exterior se tornava inviável pelo custos, tanto do curso quanto do custo de vida especificamente e a saída da União Europeia colocou mais dúvidas na minha cabeça. A Irlanda, mais especificamente Dublin, caiu como uma luva quando descobri que eles possibilitam fazer um programa e intercambio que alia Estudo e Trabalho, ou seja, uma parte dos custos seriam pagos por uma entrada de dinheiro em Euros. 

Para obter o visto que permite viver e trabalhar por lá, você deve comprar o curso de inglês que tem a duração de 24 semanas e você pode ficar mais 8 semanas de férias por lá, totalizando 32 semanas.

O que eu faria diferente? Tria programado melhor para chegar lá após o inverno, pois essa estação demanda além dos cuidados com se vestir adequadamente, os dias amanhecem super tarde e escurece cedo, tipo 16h já é noite, você fica mais preso em casa e o emocional fica bem complicado.

A viagem

A única opção de voo direto entre o Brasil e a Irlanda é caríssima, por isso muito provavelmente você vai optar por um voo com uma escala. A maioria das companhias aéreas oferecem esse destino então é bem fácil encontrar e tomar a melhor decisão. 

Meu caso, escolhi ir por Paris e voltar por Amsterdã, considerando mais o tempo total de viagem por volta de 15h e a reputação das cias aéreas que eu já conhecia. Porém, existem opções mais em conta que passam por países menos famosos neste tipo de conexão, insisto que ter em mente o tempo total da viagem faz diferença pois já vi durações de mais de 32h... para mim seria inviável.

O que eu faria diferente? Compraria a passagem com mais antecedência para conseguir um preço melhor.

A acomodação

Logo que você chega na Ilha Esmeralda os principais tipo de acomodação para esse período inicial são os seguintes:
Hostel: opção mais em conta, porém a menos confortável e segura, a rotatividade é imensa e você não poderá descuidar de suas coisas por nem um minuto;
Casa de Família: é uma opção para quem deseja uma imersão imediata na cultura, porém é comum ficar em casas de imigrantes de outros países ou seja... famílias grosseiras que só oferecem as acomodações pela grana também são frequentes;
Acomodação Estudantil:  Você fica em um alojamento temporário com outros estudantes e teoricamente estão na mesma vibe que você.

Nenhuma dessas opções pode ser definitiva caso vá ficar pelas 32 semanas. Eu peguei a acomodação estudantil da agência com a qual eu fui, a Egali, que também possui um escritório lá em Dublin.

Assim que estiver por lá começa o que para mim foi um dos períodos mais estressantes, procurar a acomodação definitiva antes de fazer a entrevista do visto. São três variáveis que você vai ter que ter em mente para "escolher" a sua acomodação, a localização, o conforto e o preço. Dificilmente você vai encontrar um quarto individual. Por exemplo, as casas no centro, normalmente são velhas e caras. As mais afastadas são mais novas e baratas. E eu coloquei o "escolher" entre aspas porque normalmente as pessoas que já moram nas casas é que escolhem você numa espécie de entrevista. Eu pagava 350 por mês fora as contas e morava em Finglas que embora não tão afastado (1 hora de caminhada do Spire) não era considerado mais centro.

A escola

Normalmente você já compra o curso direto do Brasil e no meu caso o fator que determinou a minha escolha foi o custo. Eu fiz Erin que tem um bom custo benefício, não era a melhor escola, também não era a pior, e acredito ter tido sorte, pois outros alunos passaram bons perrengues por lá, coisa que comigo não ocorreu. Dica pra vida: trate bem o pessoal da secretaria, o que mais tem é aluno brasileiro mal educado achando que tá com o rei na pança porque tá estudando no exterior... nem preciso dizer que as coisas ficam bem mais difíceis pra esse tipo de pessoa.

Nesse quesito, você esbarra também na expectativa que os outros alunos tem das aulas, muita gente está matriculado em uma escola somente para poder ter o visto, pouco importando se você está aprendendo ou não alguma coisa nova ou melhorando a sua conversação.

A mala

Eu levei dois mundos nas minhas malas e me arrependo profundamente. Primeiro, porque eu fiquei refém da quantidade de coisas que eu tinha ao procurar um lugar para morar e tive que abandonar muitas coisas quando voltei de lá.

O ideal seria levar o suficiente para você viver 1 semana + 1 dia sem lavar roupa. Tenho certeza que você vai querer comprar as roupas a preços super baixos na Penneys, os tênis baratos de marcas tops que você não tinha acesso no Brasil.

O que eu faria diferente? Levaria menos coisas do Brasil e ficaria mais flexível para mudança e viagens.

A cidade

A cidade é dividida em 2 lados: o ímpar e o par, e as regiões são nomeadas por Ds, D1, D2, D3, D4...D24 etc... os Ds menores que 10 são centrais e o lado par mais estruturado, mais bonito, mais sofisticado e mais caro que o lado ímpar.

Praticamente tudo é medido em "minutos até o Spire", monumento que fica exatamente no centro da cidade.

O transporte

O trabalho

As compras


As tendências mais fortes do streetwear masculino em Dublin


A vida noturna

Os recebidos do blogueiro

Até aqui em Dublin os recebidos nos encontram, a primeira remessa veio do site New Chic, confere o post aqui!

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